Eu sempre fui ​g​о​r​d​о. Não ​g​о​r​d​і​n​h​о, ​g​о​r​d​о. Quando criança eu não via a hora de comer salgadinhos de lanche e tomar suco ou coca-cola. Sem falar nas várias noites discando o número da pizzaria do bairro. Na casa dos 16, o metabolismo já dava sinais de quebra. Custou um estresse mais pesado – a morte de câncer do meu pai – para que o corpo pedisse socorro: ​d​і​а​b​е​t​е​ѕ tipo 1.

E não parou por ai. Passei por vários médicos, mais de 20, e os cardápios sempre passavam por grãos, farinha integral, doces em moderação e baixíssima gordura.

Aos 23, já passavam 3 anos de glicemia descontrolada, atingi meu peso máximo de 105kg com 1,79cm, diabético, sem energia, tomando doses de insulina extra para dar conta dos carboidratos que criei vício e não conseguia abandonar por nada. Eu estava em uma situação miserável física e emocional. Foi então que chegou o meu basta.

Decidi tomar controle da minha saúde. Comprei todas as revistas de saúde e dieta, consumi tudo que podia do que se tratava de dicas e truques para emagrecer. Pratiquei à risca o que todo médico e especialista diz: exercite- se mais, coma menos. Quantas vezes você entrou para uma dieta, perdeu um pouco de peso mas não se sentiu bem? Eu até consegui tirar alguns quilinhos, mas eles sempre voltavam. E o pior, mesmo emagrecendo eu ainda me sentia doente por dentro, minha glicemia desregulada como sempre, sem energia com problemas para dormir e para acordar. Nesse momento da minha vida eu me deparei com uma oportunidade de me mudar para Pequim, China, e foi então que conheci um pesquisador que estava envolvido em um estudo clínico em dietas de baixo carboidrato. O entusiasta que sou, resolvi mergulhar no assunto e descobri pesquisas incríveis na área.